segunda-feira, 13 de maio de 2013

Atelier Sabor de Brigadeiro por aí


Toda semana, teremos posts sobre notícias, atitudes, papos, tudo que eleve nossos pensamentos para uma maneira melhor de fazer e ver o mundo a nossa volta.

Para começar, um trecho da entrevista da psicanalista Betty Mylan para Revista Claudia sobre maternidade.

Deixa seu recadinho no final.

Um beijo.

Andrea


"Em um momento de crise com o filho único, a escritora e psicanalista Betty Milan decidiu decifrar os mistérios, erros e acertos da maternidade. Daí nasceu Carta ao Filho (Record), seu 21º livro, lançado neste mês. Aos 69 anos, formada em medicina, doutora em psiquiatria pela Universidade de São Paulo, psicanalista com mais de quatro décadas de experiência clínica, Betty desvenda para si mesma e para o filho, hoje com 30 anos, como conciliou o supremo amor materno com intensa atividade intelectual, profissional e amorosa entre São Paulo e Paris. A longa missiva fala dos prazeres da gravidez, do estranhamento diante do novo ser, de conflitos no casamento, da divisão de tarefas, da perda do pai, de adultério e muitas dúvidas. Escrever foi o jeito que ela encontrou para lidar com um dos maiores temores femininos: os filhos crescem e vão embora. “A diferença da relação entre mãe e filho e entre dois amantes é que mãe e filho foram um e precisam se tornar dois, enquanto os amantes querem ser um, mas são dois”, analisa.
A escritora comenta ainda uma grande dificuldade do nosso tempo: a autonomia feminina. "Mesmo hoje, depois da revolução sexual, a mulher pode trabalhar fora para sustentar as crianças, mas ainda não tem direito de ter vida própria. Nossa independência é difícil para os filhos, e ninguém ensina a ser mãe. Freud dizia que não importa; seja qual for a educação, a mãe vai sempre errar. Fugir do ideal de perfeição é o único jeito de não se sentir culpada". E completa: "ser mãe não impede ninguém de se realizar, embora a relação com o filho seja extremamente absorvente. Até mesmo para aquelas mulheres que trabalham fora, às vezes 12 horas por dia. Mas nunca é um bom negócio achar que a realização está no filho, porque, fatalmente, haverá uma separação. A criança crescerá e irá embora. Vai fazer a própria vida. E é melhor que seja assim. Mas isso significa que é preciso apostar em algo na vida que não dependa dos filhos".
Fonte: Revista Claudia - 09/04/13
"Mãe dá limite e se afasta na hora certa. por isso, o amor materno não pode ser confundido com amizade”, declara Betty Milan (Foto: Alexandre Severo)

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