Gosto muito do jeito despretensioso e aparentemente fácil de cozinhar da chef Carole Crema.
Apaixonada por cozinha desde criança, super mãe e empresária de sucesso, este post retrata minha admiração a ela.
Você passa bastante tempo trabalhando...
Chegou uma hora em que pensei: vou abrir um negócio para poder ter um pouco mais de tranquilidade. Porque, por mais que dê um trabalho louco, posso ser dona do meu nariz. Hoje eu tenho duas filhas pequenas. Posso ir para casa almoçar com elas, delegar funções.
Como você faz para equilibrar o uso de ingredientes importados e os de origem brasileira nos cardápios que monta?
Quando eu faço um cardápio salgado, no Wraps, por exemplo, trabalho muito com produtos daqui, até porque são mais acessíveis. Mas na parte de confeitaria, a gente não tem aqui produtos de qualidade. O chocolate nacional, ainda mais hoje, quando temos acesso ao importado, não dá mais para usar. E não temos frutas secas, por exemplo, no Brasil. Privilegio e tento usar o máximo de ingredientes brasileiros, mas até um limite.
Como surgiu a ideia de trazer os cupcakes para o Brasil? E de fazer a linha inspirada na história de “Alice no País das Maravilhas”?
Fui a primeira a comercializá-los aqui no Brasil, em junho do ano passado. É uma coisa muito louca, porque, nesses anos todos que eu trabalho com doces, sempre ficava pensando: “Gente, como é que ninguém descobriu os cupcakes ainda?” E no ano passado decidi que queria lançar e ser a primeira. Fui pra Nova York, vi o que se fazia por lá e trouxe a ideia. E quando comecei a escutar que o Tim Burton ia fazer o filme, imaginei que tinha tudo a ver. Eu sou muito antenada em tudo que está acontecendo. Gosto muito de moda e comecei a ver em revistas que tinha alguém fazendo uma coisinha aqui, outra ali, tudo ligado ao filme. Aí fiz os cupcakes e foi grande a repercussão. Eu me esforço em sempre fazer diferente, fazer primeiro, o que tem de mellhor e mais moderno.
Foi assim também com o brigadeiro de colher, que você tirou do cardápio...
Tirei, porque agora tem até na padaria! Eu tenho a patente, foi muito legal fazer, então que bom que está todo mundo fazendo, deixa eles fazerem. Então recuperei o brigadeiro enrolado.
E em relação aos cardápios das festas? Até que ponto vocês fazem o que o cliente pede?
Muito no começo, fazia tudo como era pedido. Mas hoje, se me pedem para fazer o doce da fulana, não faço, não acho bacana copiar. Mas se a pessoa sempre pede nossos serviços e já insistiu dez vezes em um doce de framboesa, faço um e pronto. Sou cozinheira, mas isso também é quase ser artista, e minhas criações são como filhos. Ao mesmo tempo, porém, não tenho o menor pudor em seguir o que o público quer. Quando eu comecei, fazia tortas elaboradas com lavanda, tapioca, e as pessoas queriam brigadeiro, então, ok! Vamos fazer brigadeiro, vamos deixar a pessoas felizes! Quero que elas comam, gostem e voltem.
E como você administra sua rotina?
Sou super a mil. Mas no Wraps e no Go Fresh, eu faço apenas o desenvolvimento dos pratos, o que não me exige muito tempo. Estou há oito anos na rede deles, então faço com uma certa facilidade. Desenvolvo os pratos, apresento aos sócios e depois faço um treinamento, além de acompanhar e fazer provas. Mas tenho uma equipe de nutricionistas que tocam o dia a dia. As aulas são organizadas por horário, e o resto do tempo passo aqui e escrevendo meu livro Cupcakes, que sai em outubro pela editora DBA. Agora também trabalho no site vamoscozinhar.com.br, fazendo algumas gravações de receitas. E tenho um programa na Fox Life e outro no canal Cozinha Caseira. Amo fazer isso. Aliás, estou sempre feliz. Esses dias,numa segunda-feira, coloquei no meu Twitter: “Segunda-feira, que delícia! Um beijo para todos”. Sou uma pessoa feliz, porque tenho uma família linda e um trabalho que amo.
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